A maldição da riqueza natural dizem os estudiosos, o ouro negro os colonizadores. O olhar ancestral não é aquele atrás é o a frente, colocar a ciência e a tecnologia dedicada ao bom viver, à água pura, aos dejetos mínimos, diversidade e fartura de comida, de modos de trabalho, ritos e festas, a natureza em co-operação. O ser humano, um parente. O gênero, a complementariedade., o comum dividido e assim multiplicado. Nossos remédios não podem ser “descobertos” em laboratórios privados, nossos frutos “processados”, nas vidas “acompanhadas” nas Tvs, envenenamo-nos, cagando na água que bebemos e nos chamado de civilizados. Já somos mais gado que pessoas no mundo. Possuir riquezas faz brotar cobiça, o veneno humano mais letal e contaminante. Não saber quem somos quem fomos nos faz pouco sensível a entender o que de fato queremos, necessitamos. A vontade de beleza é substituída pela terrível passividade, uma certa dormência, mal-estar coletivo. Isso que não nos convém nesse momento de despertar, e sobretudo, agir.
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Nos dias de hoje já adquirimos conhecimento suficiente para entender a questão da limitação desse recurso assim como seus danos inevitáveis. já possuímos pesquisas suficientes nas áreas de energia renovável para começar a desenvolver protótipos mais adequados ao nosso bem viver. o modelo “usina” de grande centralizador de energia distribuído as populações mais remotas não somente encarece a produção como empobrece a nossa capacidade de estudo de nossos próprios ecosistemas locais assim como tem impactos gigantes nas populações que vivem nos arredores de grandes “hidrelétricas” que pouco se beneficiam dessa megaenergia concentrada, deslocada aos grandes centros como poluidora e em muitos casos etnocídas (muitas das regiões a serem exploradas nestes projetos residem em áreas de preservação ambiental ou territórios indígenas que por seu estatuto podem ter seus subsolos explorados, sem considerar os impactos de rodovias e empreendimentos como refinarias e acampamentos criados dentro destes territórios.) limitando o potencial de navegação dos rios que é notório em nosso continente (podemos viajar de barco por praticamente todos os países e é a rota mais importante na região amazônica tranporte para milhares de pessoas que compartilham dos territórios fluviais comuns), os rios que são as artérias da terra também limpam a sujeira que vai se acumulando por seu trajeto.